Não há nada mais terrível numa relação do que o sentimento de posse. A princípio, quando tudo ainda é novidade ele até que é bem vindo. Ele chega mascarado em forma de desejo, de amor, de cuidados e interesse que chegam a confundir, mas com o passar do tempo vai se transformando num verdadeiro inferno. Pessoas assim tem o dom de transformar tudo em horror, principalmente quando você se casa com ela. A própria família parece ser objeto de ameaça e cada vez mais os problemas vão surgindo em decorrência do ciúmes. Aí vem aquela frase dolorosa: você casou comigo, agora você é minha; sua família sou eu. Como se nessa vida alguém fosse dono de alguém… Mas enfim, a mente doentia do ciumento constrói coisas e fatos que só existem em seu mundo, dificultando o relacionamento, torturando-o e fazendo torturar a pessoa a quem ele diz amar. É meio difícil enxergar ciúmes como sinônimo de amor, são sentimentos muito diferentes, com sintomas de comportamento também diferentes.
Para começar, quem ama não prende, pois a confiança é fruto do amor e a liberdade é a consumação desse sentimento tão nobre. Se você ama realmente uma pessoa, o sentimento deve fluir de forma a não deixar que nada atrapalhe o relacionamento, principalmente a desconfiança.
Por que complicar as coisas e deixar de viver momentos de felicidade em prol de algo tão leviano como é o ciúme? Sim, porque ele é gerado pela desconfiança infundada, na maioria das vezes.
Não há como manter um relacionamento nessa situação, então pare e analise. Muitas vezes pessoas ciumentas acabam por perder um grande amor por não conseguirem trabalhar com esse sentimento de posse tão obstinado. Seja livre, ame e deixe que pessoa amada também livre para amar você. A prisão psicológica é a pior que existe e é justamente essa sensação de ser prisioneira de alguém que fará com que um bom relacionamento chegue ao fim. Ninguém merece nem aguenta.
Ciúmes pode até ser um lance normal, mas a possessão deve ser encarada como doença e pessoas possessivas sofrem e fazem os outros sofrerem mais ainda. E é no estágio mais agudo da possessão, de querer reter a pessoa amada e desejada em suas mãos, que os possessivos acabam por perdê-la para o mundo.
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